quinta-feira, 14 de março de 2013

Enigma - Um Legado Para Geração Futura



Por: Adaias Marcos Ramos da Silva

“1 Coríntios 11.1 - Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”.

Às vezes me encontro a questionar:

  •  Quais legados serão deixados pelos líderes atuais da igreja?
  •  Os lideres da igreja estão preparados para tratar conflitos entre gerações?
  •  A igreja tem pensando neste assunto?
  •  A igreja tem se preparado para passar um legado?


Legado dádiva deixada em testamento; valor previamente determinado, ou objeto previamente endividado, que alguém deixa a outrem por meio de testamento.

O legado neste texto deve ser visto como sementes, semeadas em locais diversos para uma colheita num futuro não muito distante. Não abordarei aqui a lei da semeadura, pois acredito que todos conhecem, mas seus resultados previsíveis!

Em toda história da igreja independe de fatos que marcaram períodos a igreja cristã sempre deixou três grandes legados:

Espiritual, Moral, e Ministerial.

No que diz respeito ao legado espiritual podemos afirmar resumidamente, mas com segurança que, da igreja primitiva até os nossos dias temos herdado o fruto de testemunhos de uma igreja de remanescentes que tem vencido as portas do inferno, ou seja, uma igreja que apesar do tempo e mudanças culturais tem se mantido viva pela Palavra de Cristo, essa Igreja tem semeado a Palavra, vivido a Palavra e colhido às promessas da Palavra. Nesse mesmo contexto questiono, o que a igreja desse século tem semeado ou servido de exemplo para a posteridade no âmbito espiritual, será que segue a mesma regra de nossos antepassados?

Quando entramos no aspecto moral, a coisa fica mais tangível principalmente quando pautado pelas Sagradas Escrituras, é perceptível que alguns valores morais estão tomando sentido contrário, é o que chamamos de inversão de valores, é de responsabilidade da igreja se manter íntegra aos valores e princípios que lhe foi outorgado por Deus, sua Palavra, a consciência e a própria natureza, mas diante de tantas mudanças culturais, sociais, jurídicas, lideranças públicas, e a pressão ardente da sociedade contemporânea, surgem preocupações, como a igreja deve agir, se posicionar, para que nesse plano se mantenha íntegra, sem mácula, sem parcialidade, mas como Noiva do Cordeiro venha se guardar, servindo sempre de testemunho como luz e declarando ao mundo o caráter de Cristo como sal e assim venha semear ou deixar um legado de bom testemunho para geração futura.

Legado ministerial, avaliando esse ponto preciso entender que: Ministério é serviço e que para tanto está incluso abnegação, vocação, chamado e por consequência o exercício, o que requer para o abnegado, vocacionado e chamado um trabalho exemplar, integro, imparcial, justo e amoroso, livre de torpe ganância, avareza, carnalidade, escândalos, ambição, e tudo aquilo que não condiz com a sua missão.

Diante do pensamento expresso nos parágrafos anteriores, seria possível no futuro a geração de líderes eclesiásticos atual serem boas referencias para os novos, como foram os apóstolos, alguns pais da igreja, e outros ícones levantados por Deus para continuação da obra legada por Jesus Cristo.

Tenho visto o caminhar da passagem de bastão entre uma geração e outra com bastante reflexão e choques, encontramos um conjunto de atuais discípulos que galgam a liderança, mas especificamente o ministério, sem uma instrução coerente com o legado espiritual, moral e ministerial deixado por nossos antepassados. O Cristocentrísmo está aos poucos sendo suplantado pelo antropocentrismo em diversos aspectos que escolho não comentar. A nova geração é incentivada à presunção, soberba e ao materialismo, o coração do homem tem projetado novas torres de babel para se livrar de Deus, ou seja, se tornar independente da necessidade de Deus, e, o que mais choca, é que tal sentimento é perceptível no meio da atual igreja, em partes, alguém culpa as mudanças culturais, outros o desenvolvimento social e tecnológico e alguém vê como sinal da volta do Senhor Jesus Cristo, alguém acrescenta que a igreja necessita adaptasse as mudanças sociais, politicas e culturais ou será engolida pelo mundo contemporâneo deixando de ser algo útil para humanidade e se tornando uma organização obsoleta.

O futuro da igreja como organização é um enigma, o legado que está sendo semeado tem qualidade duvidosa, mas uma coisa é certa a igreja como organismo é imaculada, e marcha sem tirar os olhos do Seu Noivo Amado Jesus Cristo.

Podemos não saber o futuro da igreja como organização, mas temos a convicção de que a igreja como organismo vivo tem seu legado herdado no Sacrifício de Jesus Cristo na Cruz, este legado é insubstituível, não falha e tem poder eterno.

Para que esse enigma tenha uma nova perspectiva ou novo conceito necessitamos imitar mais as obras de Cristo, 1 Co 11.1.