quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pastor “Um Lider” Ou Seja “Um bom Politico”


O tema desta postagem parece provocar quando equiparamos os dois termos “pastor” com “político”, dá a ideia de mistura entre o sagrado e o corrupto, mas o texto não abordará especificamente quem é bom ou ruim mas das coincidências e perigos desses ministérios ou serviços.
Se observamos com reponsabilidade e sem partido chegaremos a conclusão que o serviço pastoral é um serviço de liderança, ou seja ato ou ação de influenciar, pois liderar é ter habilidades para influenciar pessoas à um objetivo ou para alcançar os efeitos desejados sem usar para isso a força, daí a necessidade da utilização de uma política; a grande questão está em quem, como e o que se utilizará para influenciar as pessoas. Nesses três ultimos pontos residem o grande perigo!
Liderança, de forma mais global, é a “capacidade de se influenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos” (ROBBINS, Stephen Paul. “Comportamento Organizacional”, 9. ed. - São Paulo: Prentice Hall, 2002).
Podemos definir algumas características gerais que são apresentadas pelos líderes, os chamados valores de liderança, tais como: Ser Exemplo; Guardador da Moral; Corajoso; Desprendido; Toma Iniciativa; Entusiasta; Senso de Humor e Autodisciplina e alguns valores pessoais: Convicção; Autoconfiança; Vocação; Dignidade; Honra; Generosidade e Idealismo, esses são apenas aspectos gerais. Logo, após citarmos estas características, é válido refletirmos sobre as relações que a liderança pode estabelecer. A política pode ser considerada a mais alta organização de líderes em nossa sociedade, em que os diversos representantes dos grupos sociais buscam, através de influência, assegurar os interesses de seus respectivos grupos nessa esfera. Contudo, a política no Brasil como forma de atividade ou de práxis humana tem reproduzido as mais diversas formas de corrupção, fato totalmente contrário à liderança, e por mais que haja o repúdio nada se muda. A ética, a dignidade, a honra são fatores essenciais para qualquer indivíduo e principalmente para um líder.
Um líder é um político, mas nem todo político é um líder, logo um pastor é um político mas nem todo político é um pastor.
O termo política é muita das vezes marginalizado por ignorância a sua vastidão de aplicação e significados, porém não abordaremos definições e sim ideologias, pensamentos e posicionamento crítico construtivo.
Um “pastor líder”, utiliza-se de políticas cristocêntricas, tais como amor, justiça, misericordia, perdão, esperança, paz, prosperidade, qualidade de vida, segurança, educação, saúde, multualidade, respeito a vida, honestidade ... e muito mais. Jesus Cristo deu todo exemplo e a Biblia é o manual.
A pergunta que não quer calar, é possível um “pastor líder” que trabalha com políticas cristocêntricas, adentrar a política (governar ou representar o povo) sem se corromper? Cada um responda como quiser.
Gostaria de citar que um “pastor” é uma pessoa comum, um cidadão que tem os mesmos direitos que outros dentro do território nacional e portanto pode se candidatar a um cargo público desde que prencha os requisitos de lei, inclusive como representante do povo. Nada contra, a questão é, até que ponto ocorrerá equilíbrio administrativo e pessoal entre as políticas cristocêntricas e as tentações de políticas fraudulentas existentes nesse meio.
Líderes como “pastor”, estão preparados para enfrentar tais campos de batalha, ou melhor quem está? As consequências de uma falha cometida por um lider religioso são muito maiores do que as de outra pessoa da sociedade, pois de um líder religioso se espera exemplo em tudo, mesmo sabendo que este é humano e portanto sujeito a falhas.
Outra pergunta que não quer calar; O que motiva um “pastor líder” a enveradar por caminhos perigosos como “política” (governar ou representar o povo), seria amor, compaixão ou justiça em prol do povo? Cada um responda como quiser.
Não estou induzindo que a “igreja” ou um “pastor” deva se omitir diante de decisões arbitrárias e contrárias aos princípios bíblicos ou humanitários, como exemplo aborto, homoxessualidade, eutanazia, crises socioeconômicas e etc.
Não ignoro a necesssidade de pessoas idôneas e cristãs serem representante do povo, e ou especificamente na política. Essas são características ideais, mas, o objetivo nesse momento é trazer uma reflexão de forma racional, sobre os riscos que rodeiam o campo da política nacional. O blog não tem o objetivo de condenar niguem e nem tão pouco afirma que é pecado concorrer a cargos políticos.
Vale a pena um “pastor”, colocar em cache a chamada ministerial, o bom nome de “ministro do evangelho”, ainda que, por boa intenção e ou por ter o perfil de influenciador ingressar na carreira política, com a justificativa de que é a melhor opção para servir ao povo e o mais contraditório servir a uma igreja, já que o marketing atual é “sou diferente”, “sou o candidato da igreja”, “sou evangélico”,  “vou trabalhar para ajudar os crentes”, “trabalho para Cristo e os outros para o anticristo” e outras frases absurdas, que chega a causar nauseas e vergonha.
Um pastor por natureza de ofício adquire habilidades para influenciar, tonando-se um indivíduo extremamente cotado para concorrer a cargos de natureza política, o que tem atraido a muitos dentro e fora das igrejas.
Pastor é um líder político dentro de sua comunidade “eclesia”, a questão é, que política está sendo aplicada na comunidade cristã,  “cristocêntrica” ou “antropocêntrica recheada com egolatria pura”.
Políticos éticos estão entrando em extinção, é algo raro, mas, o que chama a atenção é um “pastor líder” ter ambição por política (governar ou representar o povo), seria isso uma chamada ou pura ganancia por poder ou status. O caso é tão sério que igrejas se dividem, racham, irmãos se odeiam em época de eleição. Isso é irônico, logo nós, cristãos que levamos no peito o distintivo chamado amor. Os conceitos se misturam, não sabemos mais diferenciar uma política de outra.
Para o sociólogo Antonio Flávio Pierucci, da USP, a maior influência das igrejas é o poder de voto, Segundo ele “não existe voto religioso no sentido de um grupo votar em quem o pastor manda, mas a religião pode levar o cidadão a não escolher determinado candidato que apoia bandeiras contrárias a sua fé”. O que é unânime para todos os estudiosos é o crescente interesse dos partidos políticos nos eleitores cristãos, sobretudo nos evangélicos, que vem ganhando grande espaço no país.
A igreja de Cristo como organização é livre e como organismo alem de livre é poderosa. O cristão como cidadão tem o dever de não vender o voto, e, como direito votar em quem acredita.
A ação do momento é orar e avaliar, no dia da eleição a ação será votar (escolher) orando, para que Deus nos conceda líderes éticos, democráticos, cristocêntricos e que vivam para o bem de todos.
É responsabilidade do pastor líder, agir com temor a Deus, ou seja, usar com honestidade as habilidades políticas para orientar o povo sem interferir no seu direito de escolha. O povo não precisa de cabresto mas da Palavra de Deus.
ADAIAS MARCOS RAMOS DA SILVA
PASTOR
Na Bíblia, "pastor" pode ser alguém que, literalmente, cuida de ovelhas. A forma singular acha-se no AT somente em Jr 17:16. A forma plural aparece por dezessete vezes, dentre os quais os trechos de Jr 2:8; 3:15; 10:21; 23:1,2 servem de exemplo. Na língua hebraica, o termo correspondente é raah, baseada na idéia de "cuidar dos rebanhos", "dar pasto". Já no NT, o termo grego correspondente é poimen, um substantivo que figura somente em Ef 4:11, onde o pastor aparece como alguém que Deus deu à Igreja como um dom. Jesus é o principal Pastor, segundo se vê no Evangelho de João, capítulo dez; e todos os demais pastores são subpastores. Uma palavra grega cognata é poimanate, que significa "pastoreai", "dai pasto" (1Pe 5:2). Esse pastoreio espiritual deve incluir um ensino sério, além do trabalho de cuidar das ovelhas, em todos os sentidos. Jesus é chamado de "o grande Pastor" em Hb 13:20. Pedro, por sua vez, chamou-O de "Pastor e Bispo (Supervisor) das vossas almas" (1Pe 2:25). Assim, os bons pastores são imitadores dAquele, e da parte dEle recebem sua inspiração e orientação. Ele é o Bom Pastor que deu a Sua vida pelas suas ovelhas (cf. Jo 10:2,11,14,16).
PASTORES E DOUTORES
No grego, poimenas, "provedores de pasto" kai "e" didaskalous "ensinadores". São aquelas pessoas levantadas por Deus, que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Além disto, compete-lhes cuidar da sã doutrina, refutar as heresias, ensinar a Palavra de Deus e dirigir a congregação local. Pastores são Ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus o Bom Pastor (Jo 10:11-16). Como Doutor e atalaia, uma das funções primordiais do Pastor é zelar por suas ovelhas de forma que todo "vento de doutrina" seja refutada (cf. Ef 4:14) e todo crente seja admoestado a "lutar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (cf. Jd 3). Os pastores como domatos (ou seja, como Dons Ministeriais), são os legítimos representantes de Deus no que tange à disciplina e utilização dos dons espirituais, conforme o claro ensino de Paulo em Ef 4:11-16.
Dicionário Teológico Brasileiro - Lázaro Soares De Assis

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